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Nota de pesar: Ir. Míria Kolling

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Nota de pesar

“Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao Senhor toda a terra. 2 Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia” Sl 96, 1-2

Faleceu na tarde de hoje, 05, na cidade de São Paulo-SP, a missionária católica e musicista, Ir. Míria Kolling.

Segundo a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, da qual fazia parte, no mês passado, Irmã Míria havia sofrido um leve infarto e, desde então, permanecia no hospital paulista. Hoje, após apresentar uma melhora, foi submetida a uma angioplastia, mas não resistiu ao procedimento.

A Diocese de Uberlândia-MG lamenta, com toda a Igreja no Brasil, o falecimento dessa precursora da música litúrgica. Por mais de uma vez, Irmã Míria Kolling esteve em nossa Diocese ministrando cursos na área do canto litúrgico. Nossa solidariedade à Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, aos familiares, parentes e amigos.

Elevemos, pois, orações ao Senhor Deus Pai Todo-Poderoso, motivo do nosso canto, que se digne receber em seu coro celeste esta nossa irmã para que ela, contemplando a luz do Ressuscitado, possa entoar um canto novo sustentada pela vida eterna que Ele mesmo lhe concederá.

Uberlândia, 05 de maio do Ano Mariano de 2017 do Senhor.

__________________
Pe. Claudemar Silva
Assessor de Comunicação da Diocese de Uberlândia-MG

Em 2013, o Centro de Comunicação Diocesano entrevistou Ir. Míria Kolling. Confira abaixo a íntegra da entrevista.

Entrevista exclusiva: “A liturgia não deve ser showmissa”, afirma Ir. Míria Kolling

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Ocorreu neste final de semana (13, 14 e 15) na Diocese de Uberlândia-MG, o “Encontro de Liturgia e Canto Pastoral 2013”, com o tema “Creio, ó Senhor; discípulos e servidores da Palavra de Deus na missão da Igreja”, ministrado pela Religiosa Ir. Miria T. Kolling. Segundo os organizadores, cerca de 300 pessoas participaram do evento no Colégio Nossa Senhora da Ressurreição.

O Centro de Comunicação Diocesano (CCD) acompanhou a passagem de Ir. Miria Kolling por Uberlândia. Ao ELODAFÉ, Ir. Míriam concedeu uma entrevista exclusiva em que ela transpareceu toda doçura da magnífica mulher que é e, sempre com um sorriso no rosto, partilhou conosco um pouco de sua fé, especialmente neste ano da Fé em que fomos convocados pelo papa emérito, Bento XVI, a solidificar ainda mais a nossa fé; pessoal e eclesial.

Ir. Míria Kolling é religiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria, gaúcha e reside, atualmente, em São Paulo. Dona de um vasto currículo, magnetiza a todos com seu profundo conhecimento. Não nega que a música sempre foi seu forte e busca sempre aprimorar sua formação para poder servir melhor, com o dom que Deus lhe concedeu.

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Há mais de 40 anos, Ir. Míria já compôs mais de 700 canções religiosas. Suas músicas fazem parte de nossos repertórios litúrgicos. Segundo ela, nesse Ano da Fé, está vivendo “uma fase maravilhosa da vida, compondo, fecunda, músicas que nascem da experiência, da oração, do coração”.

Em um ano em que a Igreja Católica no Brasil recebeu a visita do seu líder, o papa Francisco, entre os dias 23 e 28 de Julho na cidade do Rio de Janeiro/RJ para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Ir. Míria pode experimentar, uma vez mais, aquele mesmo apaixonamento que a fez sair de casa para o convento.  Pois, com tudo que trouxe, o papa Francisco “renovou a fé do mundo inteiro” e “mostrou que o reino de Deus é maior que a Igreja; que Jesus Cristo é maior que a Igreja”, afirmou Kolling.

Durante todo o encontro de Liturgia, Ir. Miria Kolling esclareceu a diferença entre canto litúrgico e música religiosa. Para ela, Deus a conduz de tal forma que suas composições demonstram realmente o seu modo apaixonante de ver e celebrar a liturgia, pois está convicta de que “escreve para a celebração do mistério pascal de Jesus”.

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Segundo Ir. Míria, o canto litúrgico é “substancialmente” diferente dos outros cantos [embora religiosos] e essa falta de conhecimento [ou diferenciação] leva, por vezes, nossas liturgias a se tornarem verdadeiras “showmissas”. Ir. Miria explica que, “um canto, quanto mais geral, menos litúrgico ele é”. Por exemplo: um canto que fala de família, dos valores como o amor, não serve para a liturgia, pois “o canto na liturgia está a serviço do mistério que nós celebramos; a serviço da palavra, de cada momento litúrgico”.

“A missa possuiu uma dinâmica, e não é uma colcha de retalhos uma coisa qualquer que você pode cantar o que quiser. O canto litúrgico está a serviço da palavra, não é enfeite e não esta ali por acaso, por isso preciso escolher os cantos que nos ajudam a mergulhar no mistério que nós estamos celebrando. E não nos distrair cantando qualquer coisa. Por exemplo; o padre faz uma coisa no altar e você canta outra que não tem nada a ver, esse canto não é litúrgico” Ir. Miria Kolling.

A musicista explicou ainda que, para saber realmente adequar os cantos, temos que nos perguntar se a música foi composta para a liturgia ou se para outra finalidade. Pois, “a missa não é show, mas sim envolvimento de toda a comunidade, de toda assembleia”.

Ir. Míria ressaltou o valor da formação litúrgica, fazendo apelo para que todas as equipes de liturgia, de canto, enfim, se esmerem ao máximo em conhecer a Liturgia Católica através dos estudos, pois, o que se canta na Igreja não se canta em lugar nenhum: “As vozes mudam quando cantam para Deus”, poetizou.

Em relação à Diocese de Uberlândia, Ir. Míria Kolling salientou que a liturgia é a fonte de inspiração para o canto litúrgico, e ressaltou ainda que temos grandes potenciais em nossa região. Ao término da entrevista exclusiva ao ELODAFÉ, Ir. Míria Kolling agradeceu muito a experiência de estar com a Diocese de Uberlândia e, agradecida e desejosa que o Encontro dê muitos frutos, confessou que deseja retornar mais vezes à Diocese.

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“Que sejam perseverantes no ministério, pois o ministério da música é o mais bonito e não termina nunca! Pois na liturgia quando nós celebramos os louvores do senhor o céu se abre, o céu desce â terra, a terra sobe ao céu. Então, é o ministério mais bonito, o mais divino que não acaba nunca. No céu vai continuar essa liturgia a Deus que merece todo nosso louvor e nossa glória. Que a gente estude, que sejamos humildes, que a gente persevere, pois, é um ministério bonito, mas exigente. Nós temos que dar a Deus o melhor, perseverar, estudar, procurar conhecer a técnica para tocar bem, cantar bem, não para se exibir, mas para exaltar o Senhor.É preciso que Ele cresça, e que eu diminua! Na liturgia, nós somos ministros, servidores da palavra. Não é dar show, não é cantar sozinho, não é mostrar as suas qualidades, mas realmente servir ao Senhor e fazer a assembleia sentir um pouco o sabor do céu quando canta a liturgia aqui na terra.” Finalizou.


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