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Dom José Alberto Moura: “Acreditei, por isso falei” há 25 anos

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Nessa sexta-feira, 07, a Diocese de Uberlândia recebeu Dom José Alberto Moura, para com ele celebrar seus 25 anos de ordenação episcopal. A celebração que teve início as 19h30 contou com a presença do bispo diocesano, Dom Paulo Francisco Machado, do arcebispo metropolita de Uberaba, Dom Paulo Peixoto, grande número de presbíteros e diáconos, religiosos (as), bem como de inúmeros fiéis provenientes das Paróquias da Diocese.

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Dom José esteve à frente da Diocese de Uberlândia por quase 17 anos. Atualmente, ele é arcebispo metropolitano da arquidiocese de Montes Claros. Sua ordenação episcopal ocorreu em 14 de julho de 1990, pelo então bispo diocesano de Uberlândia, Dom Estevão Cardoso de Avelar.

Dom Paulo Francisco deu as boas-vindas a Dom José, após cumprimentar e acolher as autoridades eclesiais e o povo de Deus presentes à celebração:

“[...] Nós queremos manifestar nossa gratidão ao ver o serviço que Dom (José) Alberto moura prestou à nossa comunidade, à nossa igreja, marcando-a com algumas atividades, com iniciativas que dão grandes frutos para a nossa diocese. Portanto, nós queremos nesta Santa Missa render graças a Deus, por seus vinte e cinco anos de episcopado, para dizer o quanto Deus é bom e o quanto o senhor se tornou importante na medida em que se deixava contaminar pela graça e pela força do Espírito para exercer este serviço episcopal aqui na nossa diocese. Então, toda a diocese se une com o senhor neste instante pelos seus vinte e cinco anos.[...] Vamos dizer então a Deus, porque sempre nos voltamos para agradecer a Deus o dom da vida, o dom do serviço, a capacidade que Deus deu para Dom Alberto Moura servir a Igreja de Cristo nesses dezessete anos de serviço à nossa igreja particular”.

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A Santa Missa presidida por Dom José seguiu o rito litúrgico normal, sendo que a homilia foi proferida por Padre Edvaldo Pereira, Vigário Geral e pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores.

Padre Edvaldo destacou em sua homilia a passagem e a atuação pastoral de Dom José na Diocese de Uberlândia, apontando algumas de suas realizações e o legado que deixou durante o período que esteve à frente desta Igreja Particular, como por exemplo: a ordenação de 42 padres e 26 diáconos, a fundação da Faculdade Católica de Uberlândia, a Rádio América, dentre outras obras.

“[...] Estamos no mês vocacional. Celebrando a vocação, o chamado de Deus. E no domingo rezamos de modo especial pelas vocações, em especial pelo sacramento da Ordem. [...] E marcando então esta primeira semana do mês vocacional, nós temos a graça de acolher aqui em Uberlândia, nesta Catedral, a presença de Dom José Alberto Moura, Arcebispo de Montes Claros. Dom José foi chamado a ser Bispo coadjutor de Uberlândia em 18 de abril de 1990. Recebeu a ordenação episcopal das mãos de Dom Estevão no dia 14 de julho de 1990, lá na sua Ituiutaba, onde nasceu e recebeu o sacramento do batismo e iniciou a sua caminhada vocacional respondendo ao chamado de Deus. No dia 22 de julho, festa de Santa Maria Madalena e 39º aniversário de criação da Diocese de Uberlândia, Dom José foi apresentado ao povo da diocese [...]. Numa tarde fria, mas acolhido por um corações cheios de amor [...]. Naquela ocasião, Dom José iniciou sua caminhada como Bispo aqui de nossa diocese. E como sempre acontece nos grandes acontecimentos da vida deve se voltar à fonte, porque durante dezessete anos Dom José caminhou conosco. Durante mais ou menos dois anos sendo bispo coadjutor com Dom Estevão. No dia vinte e três de dezembro de 1992, Dom José assumiu esta diocese. E aqui caminhou conosco. Organizou a ação pastoral, conduziu o povo a exemplo do Bom Pastor, Jesus Cristo.

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Durante este tempo que esteve à frente de nossa diocese, como pastor, ele promoveu diversas assembleias de pastoral, criou várias paróquias, organizou a pastoral vocacional e continuou a obra de formação dos diáconos permanentes e também dos presbíteros. Dom José ordenou vinte e seis diáconos permanentes e conferiu o sacramento da Ordem a quarenta e dois padres. Desses quarenta e dois, dois já estão na vida eterna: Padre Henrique e o Padre Fernando. Então, agradecer a Deus é um aspecto muito importante e fundamental da nossa vida, até hoje nós agradecemos a Deus por todo bem que Deus fez e faz através da pessoa de Dom José [...] sendo constituído sucessor dos apóstolos, daqueles que viveram com Cristo, que receberam primeiro a Revelação e fez caminhada até o martírio pela fidelidade ao Bom Pastor. Bispo é um homem de fé. Com o exemplo de seus pais e de seu pai fundador, São Gaspar Bertoni, pastoreou o rebanho do Senhor anunciando a palavra e anunciando esta palavra de uma forma tão bonita, lida em São Paulo e (re)lida na vida de Dom José: ‘Acreditei, por isso falei’, conforme a II Carta aos Coríntios, capítulo 4, versículo 3. Portanto, simples, clara e forte deve ser a disposição [...] a verdade anunciada pelo pastor tem conquistado os ânimos e os corações de tantos diocesanos. [...] Bispo é também homem de esperança. Como filho espiritual de São Gaspar Bertoni, com ele aprendeu a renunciar aquilo que é próprio desse mundo sem Deus – a suas pompas e as suas ilusões. Vai passando pelo mundo sem ser desse mundo egoísta, desse mundo consumista [...] que não valoriza a vida. [...] Ao longo desses vinte e cinco anos o senhor fez cotidianamente a pergunta que Jesus fez a Pedro: se ele o amava. E o senhor meditando com sabedoria, procurando responder à pergunta, sustendo pela graça, pela fé, dava a sua resposta. Resposta essa alimentada pelo silêncio da oração, pela escuta da Palavra de Deus. Essa palavra que fala ao coração e responde com suas palavra e ações: que amem o Senhor, que se entreguem ao Senhor e seguem o Seu nome apascentando o rebanho do Senhor. A vida do bispo é um contínuo serviço. É uma vida de expressão do amor verdadeiro, amor à Igreja, amor aos fiéis, amor manifestado através da organização administrativa e pastoral, para que a ações sejam abrangentes [...], amor manifestado às vocações e à formação dos ministros ordenados para o serviço pastoral, amor no sentido evangélico aos pobres, amor aos doentes, aos excluídos em todos os aspectos, amor que se traduz em gestos concretos, na relação para com os padres, com os diáconos, os fiéis colaboradores da missão episcopal da igreja particular. E esse é também o homem da caridade, o homem que vivendo essa caridade com os olhos fixos em Jesus, o Bom Pastor, não quebra o caniço rachado, nem apaga a mexa que ainda fumega, mas com paciência busca soluções adequadas para que os problemas sejam resolvidos, mesmo aqueles mais complicados, mesmo aqueles relacionados com cada pessoa na sua dignidade. Sempre perdoando, sempre com ternura, orientando para o cumprimento da missão aqueles que foram chamados e receberam uma especial consagração para servir e santificar os filhos e filhas de Deus. Portanto, nós agradecemos a Deus por seu ministério episcopal nestes vinte e cinco anos. E também agradecemos pelo seu carisma, pela sua atuação, pela sua entrega, de homem de fé, homem comprometido com a palavra, homem comprometido com a liturgia. Aqui na diocese, as assembleias, a instituição da Faculdade Católica, hoje PUC, como uma faculdade inclusiva, de acordo com o que disse o saudoso Dom Luciano Mendes de Almeida, na aula inaugural da Faculdade Católica. Também agradecemos pala sua coragem, pela sua audácia, quando resolveu adquirir para a diocese uma concessão de rádio [...] a hoje conhecida e querida Rádio América. Agradecemos, portanto, a Deus pelas vinte e seis ordenações de diáconos permanentes, pelas quarenta e duas ordenações de presbíteros. Homens que foram chamados por Deus, homens que foram acolhidos pelo senhor, homens que receberam o sacramento da Ordem que inclui caráter [...], homens que receberam a unção em suas mãos, para que suas mãos sejam sempre mãos que santifiquem o povo de Deus oferecendo um santo sacrifício no Altar, celebrando, portanto, a Santa Missa. Com esses sentimentos de fé nós expressamos a nossa gratidão em sua acolhida como pastor da Igreja, tanto aqui em nossa Diocese de Uberlândia, como na Arquidiocese de Montes Claros. Que as tuas mãos Dom José, continuem sempre abençoando, continuem sempre dando sacramentos [...] e, também, mãos que santifiquem as mãos de novos padres, mãos que sirvam para a santificação de tantos filhos e, assim, que todos aqueles que receberem o sacramento da Ordem por suas mãos continuem a serviço de Jesus Cristo, o Bom Pastor. Que assim as mãos ungidas sejam mãos que ofereçam as graças, como ensina a poetisa de sua terra: <<sejam mãos que oferecem rosas, mãos que saibam ser generosas>>”.

Ao final da Santa Missa, Padre Joeds, representando os padres da Diocese de Uberlândia, entregou a Dom José dois presentes: um anel e uma placa em homenagem ao jubileu de prata celebrado pelo arcebispo.

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Dom Paulo Mendes Peixoto também discursou brevemente parabenizando Dom José por seu jubileu, “[...] Gostaria em nome do Regional Leste II dizer da nossa gratidão. Parabéns pelos vinte e cinco anos de vida episcopal. [...]”.

Em seguida, foi Dom José quem se serviu da palavra para também agradecer o dom recebido e a recepção da igreja particular de Uberlândia nesta importante data de sua trajetória no episcopado, que teve início nesta diocese.

“[...] quero agradecer de coração por esta homenagem [...], quero agradecer as palavras de Padre Edvaldo, pelas homenagens e presentes. [...] Quero agradecer todos aqui presentes, os bispos, todos os padres, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas e os meus familiares também [...]. Eu agradeço a todos de coração pelo apoio, compreensão nos defeitos e nas falhas e com essa compreensão, pudemos aqui na diocese por quase dezessete anos fazer esta caminhada de ajuda ao povo de Deus. Nós somos apenas servidores, é o Senhor que faz. É o Senhor quem realmente opera, nós somos somente operários. [...] Por isso agradeço a Deus, a Ele infinitas graças e por intercessão de Maria, Mãe e Senhora Nossa, que ela seja a nossa proteção em todos os caminhos da vida. E os que puderem vão até os montes também, que são claros durante o dia, mas a noite pra dormir ficam um pouco mais escuros. Estamos lá de braços abertos. [...] A corrida é muito grande, a extensão é muito grande – territorial – os lugares extremos são como daqui a Belo Horizonte, são 550 km. Então, a corrida é grande e se a gente não correr a polícia pega. Muito obrigado a todos”!

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Por, Leandro Oliveira

Fotos: Douglas Patresse


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