Como é bom sentir o calor de um abraço, o aconchego de um ombro amigo. Como é bom olhar nos olhos ver a ternura e sentir-se acolhido pelo sorriso carinhoso. É assim as atitudes de Deus para com o ser humano. Ele vem ao nosso encontro com atitude misericordiosa para nos devolver a alegria e a felicidade. Deus não aproxima do homem para condenar e julgar. Ele aproxima para perdoar e curar.
Deus aproveita a situação de pecado para mover o pecador à conversão. Deus não aproxima somente daquele que é convertido, Ele vai na situação do pecado para que o pecador sinta-se amado e só então possa se converter. É maravilhosa a pedagogia de Deus! Só a fonte inesgotável da misericórdia pode agir dessa maneira.
O ser humano muitas vezes é incapaz de acolher aquele que caiu porque vê nele seus pecados, suas fragilidades, e, por isso, a repugnação é tão manifesta. Gostamos das pessoas quando tudo está bom, mil maravilhas, mas, quando uma pessoa perto de nós, um “amigo”, um conhecido está passando pelas tempestades da vida, nos ausentamos, julgamos e condenamos. Agimos com total indiferença e isso é sinal de que preferimos nós mesmos do que nos lançar no mar infinito do amor e da misericórdia e acolher aquele que caiu. Todas as vezes que negamos socorro “para quem precisa de médico” deixamos de experimentar o infinito do amor de Deus e ressaltamos em nosso coração o egoísmo.
O Papa Francisco decretou o Ano Misericórdia para que todos nós, homens e mulheres, possa experimentar a misericórdia de Deus em nossas vidas a fim de praticá-la uns para com os outros. Ser misericordioso como o Pai é misericordioso eis o lema para que a vida cristã seja autentica e tenha o colorido do evangelho. Não tenhamos medo de deixar que a misericórdia de Deus nos envolva. Substituamos a roupa do egoísmo humano pela veste nupcial do amor e do perdão.
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Por, Pe. Guilherme Stort